sábado, 20 de junho de 2015

CAP. VI: PEREGRINAÇÕES E SACRIFÍCIOS

( Segunda viagem Missionária do Apóstolo Paulo - Parte I)
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De Antioquia a Tarso
Em companhia de Silas, que se harmonizara com as suas aspirações de trabalho, o ex-rabino partiu de Autioquia. Pregaram a Boa Nova no curso mesmo da viagem. Soldados romanos, escravos misérrimos, caravaneiros humildes, receberam notícias de Jesus.
Alguns apostilaram, à pressa uma que outra das anotações de Levi, preferindo as que mais se ajustavam ao seu caso particular. Por esse processo, o Evangelho difundia-se cada vez mais, enchendo de esperanças os corações.

Em Tarso
Na cidade do seu berço, mais senhor das convicções próprias, o tecelão que se consagrara a Jesus espalhou a mancheias os júbilos do Evangelho da Redenção. Muitos admiraram o conterrâneo, cada vez mais singularmente transformado; outros prosseguiram na tarefa ingrata da ironia e do lamentável esquecimento de si mesmos. Paulo, no entanto, sentia-se forte na fé, como nunca.
Paulo reviu lugares de sua vida passada.
Depois de breve permanência na capital da Cilícia (Tarso), Paulo e Silas procuraram alcançar os cumes do Tauro.

De Tarso a Derbe, a Listra, a Frigia, a Galácia, Somatrácia, Neapolis
Noites ao relento, sacrifícios numerosos, ameaças de malfeitores, perigos sem conta foram enfrentados pelos missionários que, todas as noites, entregavam ao Divino Mestre os resultados da recolta e, pela manhã, rogavam à sua misericórdia não lhes faltasse com a valiosa oportunidade de trabalho, por mais dura que fosse a tarefa diária.
Em Derbe obteve noticias de Timóteo.
Em Listra foi recebido por Lóide e encontrou Timóteo.
Estavam construindo uma igreja em Listra.
Lóide confidenciando a Paulo que iria se mudar e pediu que ele aceitasse Timóteo em sua companhia. Paulo aceitou com sincero prazer.
Silas sugeriu a circuncisão de Timóteo, ao que Paulo concordou e Timóteo também. Essa atitude tinha como objetivo evitar problemas com os judeus.
Daí a dias, despedindo-se dos irmãos e das generosas mulheres que ficavam a chorar nos votos de paz em Deus, os missionários demandaram, cheios de coragem e do firme propósito de servir a Jesus.
Dirigiu-se a Misia, a intuição lhe diz que não era ali, pensou em Bitínia, mas a voz de Estevão induziu-o  a descer para Trôade. Paulo em uma visão viu um homem da macedônia exclamando: - Vem e ajuda-nos.
Paulo decidiu ir a Macedônea mas não havia recursos para a viagem por mar. Encontraram Lucas, que ao saber dos planos de Paulo oferece-se para pagar a viagem. Paulo convida Lucas a ir com ele para a Macedônia.  Lucas concorda. Desembarcaram em Neapolis descansaram dois dias indo então para Felipes.
Quase as portas de Felipes, Paulo sugeriu que Lucas e Timóteo se dirigissem, por outros caminhos para Tessalônica, onde os quatro se reuniriam mais tarde.

Em Felipes
A cidade não possuía Sinagoga. O santuário destinado às preces, embora chamado de casa, era um recanto da natureza rodeado de muros em ruínas.
Paulo chegando ao local notou surpreendido que só havia crianças e mulheres, porém esse não foi um empecilho. Paulo pregou para elas.
Lídia, viúva digna e generosa oferece sua casa para fundarem a nova igreja. Paulo aceita.
Na mesma época, possuía Filipes uma pitonisa que se celebrizara nas redondezas. Tratava-se de uma rapariga cujos patrões procuraram mercantilizar seus poderes psíquicos. A mediunidade era utilizada por Espíritos menos evoluídos, que se compraziam em dar palpites sobre motivos de ordem temporal.
Aconteceu que a jovem estava presente à primeira pregação de Paulo. Terminado a exposição evangélica, a moça, em grandes brados que impressionavam o público, se põe a exclamar: — Recebei os enviados do Deus Altíssimo!... Eles anunciam a salvação!...
Paulo e Silas ficaram um tanto perplexos; entretanto, nada replicaram.
No dia seguinte, porém, repetia-se o fato e, durante uma semana, os discípulos do Evangelho ouviram, após as pregações, a entidade que se assenhoreava da jovem, atirando-lhes elogios e títulos pomposos.
Assim, terminada a pregação na praça, quando a jovem começou a gritar: “Recebei os mensageiros da redenção! Não são homens, são anjos do Altíssimo!...” — o convertido de Damasco desceu da tribuna a passos firmes e, aproximando-se da locutora dominada por estranha influência, intimou a entidade manifestante, em tom imperativo: — Espírito perverso, não somos anjos, somos trabalhadores em luta com as próprias fraquezas, por amor ao Evangelho; em nome de Jesus Cristo ordeno que te retires para sempre!
O fato provocou enorme admiração popular.
Porém como o povo já estava acostumado a consultar a entidade da Pitonisa, na falta dela se espalharam o boato que Paulo os privara da assistência do espírito de Deus, Paulo e Silas foram surpreendidos em plena praça com um ataque do povo e foram presos e flagelados sem compaixão, as autoridades intervieram e os levaram ao cárcere, abatidos e cambaleantes.
Na prisão, durante a madrugada, vem uma tempestade e de repente as portas pesadas das numerosas celas se abriram sem ruído. Paulo solicitou que ninguém tentasse fugir.  Quando o carcereiro chegou   vendo as portas abertas e temendo a sua responsabilidade, tenta matar-se, instintivamente, mas Paulo o impede e conta que todos os encarcerados não fugiram. O carcereiro Lucano, converte-se a nova doutrina, cuida dos missionários, leva-os para sua casa e dá alimento e vinho reconfortante.
Os Juízes da cidade ao saberem da história, amedrontados mandam libertá-los, mas Paulo para incutir respeito e proteger Lídia, faz valer sua posição de Cidadão Romano exige a presença dos juízes, prega para eles e ao final eles pedem desculpas e deixam a cidade para evitar novos tumultos.

Em Tessalônica
Encontraram  Lucas e Timóteo.
As dificuldades eram as mesmas  com os judeus, homens de má-fé, ingratos e indiferentes. Depois de inúmeros conflitos, com os judeus, em Tessalônica resolveu transferir-se para Beréia.

Em Beréia
Os trabalhos iniciados em paz, continuavam debaixo de lutas extremas. Os judeus rigorosos de Tessalônica, não faltaram em Beréia.
Os ânimos se exaltaram e Lucas, Timóteo e Silas foram obrigados a afastarem-se, perambulando pelas aldeias vizinhas, Paulo foi mais uma vez preso e açoitado.  Paulo foi libertado com a condição de se retirar da Beréia.
Paulo tinha consciência que Silas e Lucas estavam doentes, e que Timóteo necessitava encontrar-se coma sua mãe no porto de Corinto, então decidiu realizar o sonho de visitar Atenas foi com  alguns amigos que regressaram das portas atenienses deixando-o só.

Em Atenas
Não foi levado a sério. Quando se viu só, decepcionado, chorou copiosamente.
Paulo ficou, naturalmente, desolado. No momento, não podia chegar à conclusão de que a falsa cultura encontrará sempre, na sabedoria verdadeira, uma expressão de coisas imaginárias e sem sentido. A atitude do Areópago não lhe permitiu chegar ao fim. Em breve o suntuoso recinto estava quase silencioso, O Apóstolo, então, lembrou que seria preferível arrostar o tumulto dos judeus. Onde houvesse luta, haveria sempre frutos a colher.
Apenas Dionisio e uma jovem senhora de nome Dâmaris e alguns serviçais do palácio permaneciam a seu lado, extremamente constrangidos, embora propensos à causa.
Paulo falou na possibilidade de fundar uma igreja, ainda que fosse num humilde santuário doméstico, onde se estudasse e comentasse o Evangelho. Mas os presentes não aceitaram. Paulo recebeu as recusas mantendo singular expressão fisionômica, como o semeador que se vê rodeado somente de pedras e espinheiros.
Nesse redemoinho de incertezas e amarguras, surgiu o socorro do Mestre ao Apóstolo bem-amado. Timóteo chegara de Corinto, carregado de boas notícias.

Publicada por Graça Leite



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