terça-feira, 28 de abril de 2015

CAP. IX: ABIGAIL CRISTÃ


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Como se fora tocado de verdadeira alucinação, ao substituir Gamaliel nas funções religiosas mais importantes da Cidade, Saulo de Tarso deixava -se fascinar por sugestões de fanatismo cruel.
A igreja modesta, onde a bondade de Pedro prosseguia socorrendo os mais desgraçados, porém era rigorosamente guardada por soldados.
Iniciou-se um êxodo de grandes proporções, como Jerusalém de há muito não via.
Livre das prestigiosas advertências de Gamaliel, que se retirara para o deserto, e sem a carinhosa assistência de Abigail, que lhe facultava generosas inspirações, o futuro rabino parecia um louco. Enquanto vivesse odiaria o Cristo. Não sendo possível encontrá-lo para uma vingança direta, persegui-lo-ia na pessoa dos seus caudatários.
Oito meses de lutas incessantes passaram sobre a morte de Estevão, quando o moço tarsense, capitulando ante a saudade e o amor que lhe dominavam a alma, resolveu rever a paisagem florida da estrada de Jope.
Embora mantivesse firme o propósito de omitir toda e qualquer alusão ao carpinteiro de Nazaré, falaria a Abigail do remorso por não lhe haver estendido mãos amigas no instante da morte dolorosa do irmão.
Ao chegar Zacarias informou que Abigail, há mais de quatro meses, adoecera dos pulmões e encontrava-se sem qualquer esperança.
Diante da noiva exclamou Saulo comovidíssimo:
— Abigail abdiquei o meu orgulho e a minha vaidade de homem público para vir até aqui, perguntar se me perdoaste, se me não esqueceste!
— Não me disseste, muitas vezes, que eu era o coração do teu cérebro? Nos primeiros meses da tua ausência, amarguei sem consolo a minha grande desdita. Foi quando surgiu aqui um velhinho respeitável, chamado Ananias, que me deu a conhecer as luzes sagradas da nova revelação. Conheci a história do Cristo; devorei o seu Evangelho de redenção, edifiquei-me nos seus exemplos. Desde essa hora, compreendi-te melhor, conhecendo a minha própria situação.
As palavras da noiva caíam-lhe no coração como gotas de fel. Nunca experimentara dor moral tão aguda.
— Abigail, abandona as ideias tristes. Não te entregues a ilusões.
— Jesus chamou-me para a sua família espiritual..
— Ai de mim! Em toda parte, topo expressões do carpinteiro de Nazaré!
— Cristo é um roteiro para todos, constituindo-se em consolo para os que choram e orientação para as almas criteriosas, chamadas por Deus a contribuir nas santas preocupações do bem.
— Abigail, quisera saber francamente se me desculpaste pela morte de Estevão.
— Minhalma está agora tranquila. Jeziel está com o Cristo.
No dia seguinte, um mensageiro de Zacarias golpeava-lhe a alma com uma notícia grave: Abigail piorara, estava agonizante!
Incontinenti, tomou o caminho de Jope.
Vendo que a noiva tinha imensa dificuldade em expor as últimas ideias, Saulo ajoelhou-se a seu lado.
— Não chores, Saulo — murmurou dificilmente a morte não é o fim de tudo. Auxiliar-te-ei de onde estiver e te consagrarás ao Eterno, em esforços sublimes e redentores. Esta noite, depois que partiste, senti que alguém se aproximava enchendo o quarto de luz... Era Jeziel que vinha ver-me... Anunciou-me que Deus santificava os nossos propósitos de ventura, mas que eu seria levada ainda hoje à vida espiritual. Jeziel afirmou que nós te ajudaremos de um plano mais alto! Seguirei teus passos no caminho, levar-te-ei onde se encontrem nossos irmãos do mundo, em abandono, auxiliarei teus raciocínios a descobrir sempre a verdade!... Ainda não aceitaste o Evangelho, mas Jesus é bom e terá algum meio de nos unir os pensamentos na verdadeira compreensão!...
— Abigail! Abigail! — gritava Saulo desesperado.
— Jeziel já veio ... buscar-me...
Saulo de Tarso ali se deixou ficar mudo, estarrecido enquanto Ruth, lavada em lágrimas, cobria de rosas a morta adorada, que parecia dormir.

Publicada por Graça Leite

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Pesquise sobre Ananias.

domingo, 19 de abril de 2015

CAP. VIII: A MORTE DE ESTÊVÃO



Na noite seguinte à memorável sessão do Sinédrio, Saulo de Tarso, conversava com Zacarias,  Ruth e Abigail sobre a personalidade de Estevão. A certa altura, a jovem murmurou:
 — Mas não haveria um meio de modificar, ao menos, a pena arbitrada?
Saulo afirma que:
— Considero o apedrejamento esperado um dos feitos de mais importância para o futuro da minha carreira.
Abigail concorda em ir ao final da cerimônia de execução de Estevão, porém solicita que em último recurso, seja oferecido ao condenado uma derradeira oportunidade para salvar-se da morte, perguntando-lhe, se insiste em insultar a Lei.
Ninguém queria perder o angustioso espetáculo. A igreja modesta de Simão Pedro, entretanto, não ousou aproximar-se para qualquer indagação.
Depois do meio-dia, aguardava-se o sentenciado, que chegou, finalmente, cercado de escolta armada, como se fora um malfeitor comum. Estevão apresentava-se bastante desfigurado, embora o semblante não traísse a peculiar serenidade.
No instante aprazado, o doutor antes, de pronunciar a sentença última, interrogou com aspereza:
— Estarias disposto, agora, a jurar contra o carpinteiro Nazareno?
Estêvão responde que:
— Nada no mundo me fará renunciar à sua tutela divina! Morrer por Jesus significa uma glória.
Foi necessário a intervenção da força armada para que o moço de Corinto não fosse estraçalhado, ali mesmo, pela multidão furiosa e delirante.
Estevão não fez o menor gesto de resistência. De quando em quando, levantava os olhos como se implorasse os recursos do Céu para os seus minutos supremos. Não obstante os apupos e as chagas que o dilaceravam, experimentava uma paz espiritual desconhecida. Todos aqueles sofrimentos do cerimonial eram pelo Cristo.
Os executores seriam os representantes das diversas sinagogas da cidade. Cada verdugo mirava friamente o ponto preferido, esforçando-se para tirar maior partido. Risos gerais seguiam-se a cada golpe. Poupemos-lhe a cabeça — dizia um dos mais exaltados —, a fim de que o espetáculo não perca a intensidade e o interesse.
Íntimamente, Estêvão repetia o Salmo 23 de David, qual o fazia junto da irmã, nas situações que pareciam insuperáveis. “O Senhor é meu pastor. Nada me faltará...”
No auge das dores físicas, reconheceu que alguém se aproximava abrindo-lhe os braços generosos. Pelas descrições que ouvira de Pedro, percebeu que contemplava o próprio Mestre em toda a resplendência de suas glórias divinas.
Saulo observou que os olhos do condenado estavam estáticos e fulgurantes. Foi quando o herói cristão, movendo os lábios, exclamou em alta voz:
— Eis que vejo os céus abertos e o Cristo ressuscitado na grandeza de Deus!...
Abigail adentra no recinto e reconhece que Estevão é seu irmão Jeziel.
Estêvão percebe que Jesus contemplava, melancolicamente, a figura do doutor de Tarso, como a lamentar seus condenáveis desvios, o discípulo de Simão experimentou pelo verdugo sincera amizade no coração. Ele conhecia o Cristo e Saulo não. Assomado de fraternidade real e querendo defender o perseguidor, exclamou de modo impressionante:
— Senhor, não lhe imputes este pecado!... Isso dito, voltou os olhos para fixá -los no verdugo, amorosamente. Eis, porém, que divisou junto dele a figura da irmã.
Estêvão sentiu que o Mestre de Nazaré acariciava lhe a fronte, onde a última pedrada abrira uma flor de sangue. Ouvia, muito longe, vozes argentinas que cantavam hinos de amor sobre os gloriosos motivos do Sermão da Montanha.
Ao apresentar Saulo ao irmão como seu noivo, O moribundo contemplou-o sem ódio e exclamou:
— Cristo os abençoe... Não tenho no teu noivo um inimigo, tenho um irmão... Saulo deve ser bom e generoso; defendeu Moisés até ao fim... Quando conhecer a Jesus, servi-lo-á com o mesmo fervor... Sê para ele a companheira amorosa e fiel... Mas a voz do pregador do “Caminho” estava agora rouca e quase imperceptível.
Saulo compreendeu que ele estava morto.
O moço tarsense falou com austeridade:
— Abigail, tudo está consumado e tudo terminou, também, entre nós.
Gamaliel  anuncia sua aposentadoria do Sinédrio e a indicação de Saulo a seu cargo.
Gamaliel  fala a Saulo sua opção pelo evangelho ao estupefato Saulo.
Gamaliel  pede um último desejo a Saulo, que entregue a igreja do “Caminho” o corpo de Estevão. O que Saulo concede.
Abigail volta para Jope em modesta carreta providenciada por Saulo.

Publicada por Graça Leite


Quais as características da personalidade de Estêvão que revelam a grandeza do seu Espírito?







terça-feira, 14 de abril de 2015

CAP. VII: As primeiras perseguições

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Saulo de Tarso, nas características de sua impulsividade, deixou-se empolgar pela ideia de vingança. A seu ver, o pregador do Evangelho infligira-lhe humilhações públicas.
No fundo, seu ressentimento era apanágio de uma juventude ardorosa e sincera; entretanto, a vaidade ferida, o orgulho racial, o instinto de domínio, toldavam - lhe a retina espiritual.
Tudo faria por conduzir Simão Pedro ao calabouço. Na sua opinião, devia ser ele o autor intelectual da trama sutil que se vinha formando em torno da memória de um simples carpinteiro.
Conversão de Oséias Marcos e Samuel Natan dois compatriotas riquíssimos, de Jerusalém depois de ouvirem a defesa de Estevão, no Sinédrio, distribuíram aos filhos a parte que lhes cabiam e a suas doaram ao “Caminho”.  E assumiram que aceitavam o Cristo como o Messias prometido. Esses fatos causaram profunda revolta em Saulo.
Gamaliel visita a “Casa do Caminho” deixando Saulo estupefato quando  toma conhecimento do fato.
Gamaliel encontra, seu amigo Samônio então leproso, na Casa do Caminho e fica sabendo de sua triste história.
Gamaliel decide estudar o Cristo: “-Talvez tenhas razão. Estudarei o teu Cristo”.
Gamaliel recebe uma cópia dos escritos de Levi os quais se pôs a ler imediatamente.
Prisão, sem nota de culpa, de Oseias e Samuel Natan.
Prisão por Saulo de Pedro, João e Felipe, no entanto Tiago é “salvo” por estar de joelhos lendo as escrituras judaicas.

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Julgamento de Pedro, Felipe e João que Saulo os condena a morte por apedrejamento.
Gamaliel, negocia com Saulo, com sua ascendência e oferece seu cargo pela libertação de todos, mas só consegue a liberação de Pedro e Felipe e o banimento de João.
A morte de Estevão foi aprazada para uma semana depois, convidando Saulo os amigos para a triste cerimônia pública a que ele próprio haveria de presidir.

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Levando em consideração os capítulos estudados, como poderemos descrever o caráter, os traços típicos e a personalidade de Saulo de Tarso?

domingo, 12 de abril de 2015

CAP. VI: ANTE O SINÉDRIO

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Estevão comparece ao Sinédrio, para explicar a acusação de Blasfemo.
O Sinédrio exibia suas personagens mais eminentes. De mistura com os sacerdotes e mestres de Israel, notava-se a presença das personalidades mais salientes do farisaísmo. Lá estavam representantes de todas as sinagogas. Os mendigos, porém, não tiveram acesso, embora se tratasse de um ato público.
Estêvão comparecia como um homem chamado a defender-se das acusações a ele imputadas, não como prisioneiro comum obrigado a acertar contas com a justiça.
Após ponderar, Estêvão decidiu comparecer sozinho, assumindo a responsabilidade da sua atitude, sem comprometer nenhum companheiro, tal como fizera Jesus.
O sumo sacerdote anunciou a escolha de Saulo para interpelar o denunciado e averiguar a extensão de sua culpa no aviltamento dos princípios sagrados da raça.
Saulo inicia esclarecendo que Estêvão é acusado de blasfemo, caluniador e feiticeiro e questiona se por acaso o acusado é de família israelita.
Estêvão responde que pertence a tribo de Issacar.

As 12 tribos de Israel

Saulo explica que o condenado sendo israelita, tem o direito de replicar livremente.
Após exaustivo interrogatório Saulo cai de punhos fechados no rosto, sem que Estêvão tentasse a menor reação. Os fariseus aplaudem o gesto brutal, em atroada delirante, qual se estivessem num dia de festa. Dando expansão ao seu arrebatamento, Saulo esmurrava sem compaixão.
Saulo condena Estevão à lapidação.
A autoridade superior recebeu o alvitre e procurou submetê-lo à votação no reduzido círculo dos colegas mais eminentes.
Gamaliel intervêm e alegando uma questão de consciência consegue o adiamento da execução da sentença, mas Estevão aguardará preso
Ali mesmo, Saulo de Tarso foi autorizado pelo Sinédrio a iniciar as mais latas diligências a respeito das atividades do “Caminho”, com ordens de admoestar, corrigir e prender todos os descendentes de Israel dominados pelos sentimentos colhidos no Evangelho, considerado, desde aquela hora, pelo regionalismo semita, como repositório de veneno ideológico, com que o ousado carpinteiro nazareno pretendia revolucionar a vida israelita, operando a dissolução dos seus elos mais legítimos.

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Não sendo Gamaliel a autoridade superior no Sinédrio como justificar a sua intervenção perante o desenrolar dos acontecimentos? Como justificar a sua influência tão grande perante a assembleia de juízes judeus que constituía a corte e legislativo supremos de Israel?

Cap. V: A pregação de Estêvão

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Saulo e Sadoque entram na Igreja humilde de Jerusalém.
Tiago, Pedro e João surpreenderam-se com a presença de Saulo.
Saulo evitava fixar os aleijados que se acotovelavam no recinto humilde.
Estêvão após orar, interpretou uma das anotações de Mateus, sem se perturbar com a presença de Saulo e dos seus numerosos amigos que para ali foram atraídos.
Estêvão afirmou que Moisés foi a porta, e que o Cristo é a chave. Asseverou que somente o seu Evangelho confere paz e liberdade e que era o tesouro do mundo. Concluiu afirmando que Moisés é o condutor; o Cristo, o Salvador e que com a Lei, eles eram servos e com o Evangelho eles eram filhos livres.
Saulo percebeu a diferença pregada entre a Lei e o Evangelho, sendo emotivo por temperamento, analisou e concluiu que os novos ensinamentos acarretavam perigo para o Judaísmo dominante.
Para Saulo a Lei era única e o Cristo um mistificador indigno de qualquer consideração.
Quando Estêvão ia retomar a palavra Saulo levantou-se ousadamente, quase colérico questionando sobre a fundamentação daquela doutrina que ele considerava absurda.
Os Apóstolos da Galileia não conseguiam dissimular seu receio.
Tiago se mostrou lívido quando viu Saulo insatisfeito interpelar Estevão.
Estevão abandonou a tribuna se recusando a discutir com Saulo o que o encolerizou.
Saulo possesso de fúria afirmou que o Sinédrio tinha autoridade para desfazer as afirmativas de Estêvão.
Estevão manteve sua postura humilde e disse que o Sinédrio não tinha como obriga-lo a renunciar Cristo.
Estevão cura uma muda, na frente de Saulo deixando-o irado.
Saulo visita Abigail e lhe conta todo o sucedido.
Saulo prometeu a si mesmo que Estevão pagará caríssimo pela humilhação que pretendeu infligir-se publicamente.
Abigail exclama:
-Ah! Se Jeziel estivesse conosco, seria teu braço forte na exposição dos conhecimentos sagrados.
O Sinédrio convidou Estêvão para ser interrogado, porém ele recusou.
O Sinédrio só poderia empregar meios compulsórios no caso de uma denúncia de blasfêmia e calunia.
Saulo pede a um amigo, Neemias, que denuncie Estevão como blasfemo.
No dia imediato, Neemias compareceu ao Sinédrio e denunciou Estêvão de blasfêmia e calunia.
Na Igreja do “Caminho” a notícia produziu efeitos singulares e dolorosos. Tiago e outros temeram ser perseguidos. Estêvão, Pedro e João mantiveram-se serenos.

Publicada por Graça Leite

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  1. Pesquise sobre o Sinédrio.

CapIV: Nas estradas de Jope (ano 35 d.C. – Saulo com 30 anos)

Estrada de Jope
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Sadoque, amigo de Saulo de muitos anos, visita Jerusalém (e Saulo) para certificar-se da Cura de seu tio Filodemos que ficou curado de cegueira por Estevão.
Sadoque relata a Saulo o que viu em visita a Casa do Caminho e propõe a Saulo, como futuro rabino, encabeçar uma ação decisiva contra os do Caminho.
Decidem então ir à Casa do Caminho, no sábado, na pregação.
O jovem Saulo apresentava toda a vivacidade de um homem solteiro, bordejando os seus trinta anos. Na fisionomia cheia de virilidade e máscula beleza, os traços israelitas fixavam-se particularmente nos olhos profundos e percucientes, próprios dos temperamentos apaixonados e indomáveis, ricos de agudeza e resolução.
Saulo confidencia a Sadoque que se enamorara de uma jovem da sua raça, que conhecera havia três meses, à festividade íntima que Zacarias, lavrador no caminho de Jope, oferecera a alguns amigos.
Descreve Abigail para o amigo como uma moça inteligente, versada na Lei e, sobretudo, dócil e carinhosa. Explica que ela fora adotada pelo casal como filha e que havia sofrido amargamente em Corinto, ali deixando o pai morto e o irmão escravizado para sempre.
Saulo vai à casa de Zacarias visitar Abigail.
Abigail sentia uma sublime atração pelo jovem sábio, voluntarioso e sincero. Às vezes, parecia-lhe áspero e enérgico em demasia. Suas concepções da Lei não admitiam meios-termos. Sabia ordenar e desagradava-lhe qualquer expressão de desobediência aos seus propósitos. Aqueles meses de convívio, quase diário, davam-lhe a conhecer o seu temperamento indômito e inquieto, a par de um coração eminentemente generoso.
Abigail pede a ajuda de Saulo para localizar Jeziel.
Saulo tranquiliza Abigail e promete que fará tudo para localiza-lo.
Fica combinado que passados dois meses, Abigail iria a Jerusalém na companhia dos parentes de Saulo e o casamento fica programado para seis meses após aquela data.
Saulo levou a mão da jovem aos lábios e murmurou a despedida habitual:
-Fiel para sempre!...

Estradas e Caminhos de Israel
Fonte: http://stbnet.blogspot.com.br/


Estradas e Caminhos de Israel.

São quatro as principais Estradas: Estrada da Costa, Estrada do Centro, Estrada do Leste e Via Maris.

Devido a posição geográfica de Israel, que se encontrava no mundo antigo, entre as duas superpotencias da época, que disputavam a hegemonia do mundo: Egito e Mesopotamia, Israel era o caminho inevitável para as grandes disputas.

VIA MARIS: Inicia em Acre ou Tolemaida e se dirigia até Damasco. Entrava em Israel pela ponte BENAT YA-QUB, ai sul do lago Hula. Passava proximo de Cafarnaum, e cruzava a planice de Genezare.
Uma parte desta famosa Via Maris era pavimentada e os romanos cobravam, pedágio (impostos) para os que transitavam, tanto de carros, como de cavalos.

ESTRADA DO CENTRO: Essa estrada na verdade eram duas. Ou uma estrada com uma bifurcação transformando-a em dois pontos. Em seu primeiro ponto saia de via Maris, passando por Jerusalem, Belem, Hebrom até Gaza, alcançando a estrada da costa. Foi nesta parte que o Eunuco foi evangelizado por Felipe (At 8.26-40). Em seu segundo ponto saia de Hebrom, passando por Berseba e chagava a Eilate.

ESTRADA DA COSTA: Saia do Egito, seguia por uma região deserta cerca de 120Km e atingia o mediterrâneo na altura de Gaza. Continuava pela costa do mediterrâneo passando por Ascalom, Jamia, Jope, Cesareia, Tolemaida, Tiro e terminava em Sidom.
A primeira parte que partia do Egito e siguia até Gaza era conhecida como "Estrada dos Filisteus" (Ex 13.17). 

ESTRADA DO LESTE: Saindo de Jerusalem, cruzava o vale de Cedrom, subia o Monte das Oliveiras, descia até Jericó, atravessava o Jordão, subia os montes da Galaade passava por Filadélfia e continuava até Damasco.
Foi nesta tão importante estrada que Paulo teve um encontro com Cristo (At 9).

Publicada por Graça Leite
  
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  1. Como o autor Espiritual descreve Saulo no capítulo IV (Nas estradas de Jope)?
  2.  Pesquise sobre o mestre “Gamaliel”.
  3.  Qual a atitude do Sinédrio em relação aos homens do “Caminho”?


Cap. III: Em Jerusalém

Jerusalém - Cidade Antiga
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Jeziel  é recolhido a uma cela úmida por trinta dias e depois é encaminhado das galeras do tráfico comercial.
Em breve, o feitor reconhecia nele um servo digno de estima e consideração.
Romano importante, em missão política, Sérgio Paulo embarca na galera.
Sérgio Paulo contrai peste desconhecida.
Com medo de contágio, um escravo (Jeziel) é escolhido para cuidar dele.
Jeziel cuida de Sérgio Paulo com desvelo e amor e com isso conquista sua simpatia.
Sérgio Paulo se cura.
Jeziel contrai a peste.
Sérvio Carbo, comandante da galera, diz a Sérgio Paulo que por segurança vai jogar Jeziel ao mar.
Sérgio Paulo, não concorda e traça plano, aceito por Sérvio, de libertar Jeziel no porto de Jope e registrar nos apontamentos oficiais que o mesmo foi sepultado no mar.
Sérgio Paulo orienta a Jeziel a trocar o seu nome, para que ele não seja acusado de traidor.
Jeziel é libertado.
Jeziel ao dormir em matagal, é assaltado, o ladrão (Irineu de Crotona)  ao ver que ele não resistia e oferecia sua bolsa, não o matou, e ainda ao seu pedido o levou aos homens do Caminho (Efraim o recebeu).
Efraim leva Jeziel em uma carroça para Jerusalém, visto lá ter recursos melhores de tratamento. (Jeziel não era o primeiro a ter a Peste da Cefalônia)
Efraim, com Jeziel e outro doente é recebido na Casa do Caminho por Simão  e Tiago, irmão de Levi.
Tiago diz ser quase impossível cuidar deles. Pedro não concorda e os acolhe.
Jeziel fica duas semanas enfermo e se cura.
Jeziel e Pedro afeiçoam-se.
Primeira vez que pela boca de Pedro houve falar de Jesus e conhece sua história e mensagem.
Recebe das mãos de Pedro cópia das anotações de Levi sobre o Messias redivivo o qual lê devorando cada passagem.
Considera ter encontrado “o tesouro da vida... pois aqui pressinto a chave dos enigmas humanos”.
Jeziel revela a Pedro sua história e verdadeira identidade.
Para que não se esquecesse de Acaia, de onde o senhor o buscou para o ministério, Pedro o batiza com um nome grego Estevão.
É feita a escolha de Sete irmãos para serem auxiliares dos apóstolos. Estevão era um dos escolhidos.
Estevão se torna famoso em Jerusalém por seus feitos milagrosos.
É considerado como escolhido do Cristo pela sua ação resoluta e sincera, além das ações de auxilio era também pregador desassombrado de falar as verdades de Jesus.
Em poucos meses o Estevão era aureolado de uma veneração surpreendente.

Jerusalém - Interior da Cidade de David
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Jerusalém - Portão de Herodes
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Publicada por Graça Leite
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  1. Correlacione duas passagens do capitulo que estamos estudando com “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

Cap.II: Lágrimas e sacrifícios

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Jeziel e Jochedeb são flagelados.
Jochedeb a um erro do carrasco tem a garganta perfurada e morre.
Jeziel é enviado as Galeras.
Abigail, é libertada e aconselhada a fugir da cidade.
É também avisada por Sostênia, a sair de Corinto, sem voltar a casa ou pedir clemência a Licínio e a procurar Zacarias e Ruth.
Zacarias e Ruth a tomam como uma filha e planejam leva-la para a Palestina.
Abigail delira 3 dias entre a vida e a morte, amparada e cuidada por Zacarias e Ruth.

Publicada por Graça Leite

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  1. Na sua opinião como explicar o comportamento de Abigail e Jeziel no capitulo II  (primeira parte)? Justifique.
  2. Sostênia, Zacarias e Ruth contribuíram para o desenrolar dos acontecimentos? Justifique.
  3.  Correlacione duas passagens do capitulo que estamos estudando com “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

Cap. I: Corações flagelados


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A narrativa se inicia em Acaia, no sul da Grécia, em sua capital: Corinto, no ano de 34 d.C. Nessa época, a cidade em peso fora atormentada por violenta revolta dos escravos oprimidos. Fato que resultou na intervenção de Roma.
Jochedeb recebe agressão de tribunos romanos por não cumprimentá-los.
É anunciada a devassa.
Qualquer habitante que se sentir prejudicados em seus interesses pessoais ou que se encontrarem necessitados de amparo legal, poderão expor suas queixas e reclamações, que serão plenamente atendidas pelas autoridades.
Jochedeb recebe nova agressão de tribunos romanos por cumprimentá-los.
Ao voltar para casa diz que vai fazer uso da oportunidade de devassa, o que Jeziel pede que não faça por saber que o Legado Romano – Licínio Minúcio – era corrupto.
Faz a leitura das sagradas letras, pela sugestão de Jeziel, sem mudar de idéia, caindo em Provérbios:
- “Filho meu, não rejeites o corretivo do Senhor, nem te enojes de sua repreensão; porque Deus repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem.”
Ao reclamar na devassa a correção dos atos anteriores (desapropriação) é surpreendido pela sentença contrária e que amplia a injustiça.
O legado imperial, em nome de César, resolve ordenar o confisco da suposta propriedade de Jochebed ben Jared, concedendo-lhe três dias para desocupar as terras que ocupa indebitamente, visto pertencer, com fundamento legal, ao questor Licínio Minúçio, habilitado a provar, a qualquer tempo, seus direitos de propriedade.
Leva dez bastonadas ao implorar a Licínio Minúcio.
Coloca fogo nas pastagens do Licínio Minúcio.
Jeziel ajuda a combater o incêndio sem saber que fora o Pai seu iniciador.
Jochedeb, Abigail e Jeziel são presos acusados do incêndio.
Abraçando aos dois filhos, o pobre israelita marchou à frente da escolta, que os observa sem piedade.


Acaia
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Publicada por Graça Leite 

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Na sua opinião no referido capitulo (cap. I – primeira parte) podemos identificar no comportamento de Jochedeb, Abigail e Jeziel sinais de docilidade, serenidade e resignação? Justifique.



Breve Notícia


Com base na mensagem  “Breve notícia”, que introduz o livro "Paulo e Estevão", quais os objetivos de Emmanuel ao escrever este romance? Que orientações podem nortear o trabalho atualmente desenvolvido em um Centro Espírita? Justifique.


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