domingo, 31 de maio de 2015

CAP. IIi: LUTAS E HUMILHAÇÕES


http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1102003102

No caminho de volta a Damasco Saulo percebe claramente as intuições e inspirações de vozes brandas e amigas. O ex-doutor atribui as intuições e vozes diretamente ao Salvador, mas eram de Estevão, sob a direção de Jesus.

Saulo é acolhido e hospedado pelos irmãos do caminho, encontra-se com Ananias e toma conhecimento do agravamento das perseguições aos cristãos.

O ex-rabino fala na sinagoga, ao aborda o problema da circuncisão, causa revolta entre os presentes. Recebe ordem de prisão, ao que se recusa por ser cidadão romano e, portanto, não pode ser preso por ordens verbais. Ao ser dito que será preso por ordem do Sinédrio, exige o mandado, que há muito tempo tinha sido arquivado. Ele finaliza sua exposição verbal e vai embora.

Saulo procura Ananias que o aconselha a afastar-se de Damasco, o que ele tem que fazer sendo transportado por sobre as muralhas em um cesto de vime.

Ananias ao ser interrogado sobre o paradeiro de Saulo, para não mentir aos homens e nem entregar Saulo responde apenas: - Saulo deve estar com Jesus.

O convertido ia a pé de Damasco a Jerusalém, uma viagem que de cavalo ou camelos não levaria menos de uma semana de marchas exaustivas. Ao passar pelo lugar onde teve a visão do Cristo, Saulo voltou a experimentar carinhosas emoções.

Ficou dois dias em Cafarnaum admirando com carinho o lugar. Procurou Levi, filho de Alfeu, sem se identificar. Conheceu Madalena em Dalmanuta. Conversou com homens que foram curados por Jesus (Ex cegos e leprosos). Repousou em Nazaré.

Chegando em Jerusalém vai à casa de Dalila, mas a irmã havia se mudado. Foi recebido com grosseria pelo novo proprietário do imóvel.

Resolveu procurar Alexandre, parente de Caifás e seu companheiro de atividades no Sinédrio e no Templo. Foi recebido com entusiasmo, uma vez que Alexandre acreditava que Saulo estivesse “curado”. Porém, quando ele percebeu que Saulo continuava com as mesmas ideias, Alexandre esclarece que o desenrolar dos acontecimentos afetou a sua família: Os irmãos mudaram-se de Jerusalém, a mãe ao saber do mandado de prisão faleceu, o pai vive acabrunhado e infeliz. Alexandre ao ouvir Saulo falar de Jesus e da conversão de Gamaliel não acredita e o chama de mentiroso e demente, humilhando-o.

Alexandre ameaça o ex-doutor, alegando que se causasse escândalo, reeditaria o mandado de prisão que ele com sacrifício conseguira mudar. Educadamente expulsa Saulo de sua casa.

Vai a Casa do Caminho, é recebido por Prócoro e se identifica. Ao serem avisados por Prócoro sobre a presença do ex-doutor: Pedro e João chamam Tiago. Tiago, fica desconfiado, é contra recebê-lo. João, no entanto, deseja confirmar se o Cristo de fato apareceu à Saulo. Pedro decide dispensar Saulo até se reunir com os mais responsáveis do caminho para uma decisão mais segura. Saulo recebe a notícia com humildade e pede água fresca, a seguir vai embora.

Pedro, Nicamor, Prócoro, Parmenas, Timão, Nicolau e Barnabé se reuniram para decidir se recebiam ou não a Saulo: Tiago foi totalmente contra; João ponderou que Jesus tem o poder de converter qualquer um; Prócoro contou suas impressões positivas; Barnabé disse que antes de se transferir para Jerusalém ouvira falar da coragem de Saulo na Sinagoga; Nicolau citou as maldades de Saulo; Felipe alegou seu passado de erros e que deveriam averiguar antes de negar; Pedro toma a palavra fala sobre o símbolo do lobo em pele de cordeiro de Tiago e diz que devem como Cristãos arriscar para se for o caso talvez domar o lobo se ele não for ovelha. Como Barnabé não conhecera Saulo, ele fica responsável por visita-lo em nome da casa.

Barnabé paga a conta da estalagem onde Saulo está hospedado. O convertido conta a viagem a Damasco e a gloriosa visão do Mestre. O ouvinte em poucas horas sentia-se tão identificado com o novo amigo, quais se fossem conhecidos de longos anos.

Barnabé retorna a Casa do Caminho com o ex-doutor, e são recebidos por Pedro e Timão. João estava ausente, a serviço da confraria de Jope. Mais uma vez Saulo descreve a jornada de Damasco, dissipando as dúvidas que restaram de Pedro e Timão.

O moço tarsense manifesta desejo de entrar numa fase ativa de trabalho com que possa desfazer seu passado culposo e apresenta a cópia dos escritos de Levi que lhe fora dado por Gamaliel. Esse é um fato que aumentou a confiança de Pedro em Saulo. 

Pedro comunica ao ex-doutor que já foi pago a hospedaria e o convida para ficar na Casa: Esta casa é também tua. Saulo aceita.

Saulo pede, para ocupar o mesmo leito que Estevão ocupava. Pedro oferece ao convertido os pergaminhos que o mártir utilizava, onde emocionado Saulo encontra anotada em algumas partes a palavra “Abigail”, e Corinto.

Pedro  desdobrou-se  na tarefa de assistência fraternal. Com palavras amigas, comentários sobre o poder de Jesus, caldos e frutas, o que sensibilizava Saulo. Tiago, filho de Alfeu, no entanto, receoso talvez, não se dignava a dirigir-lhe a uma palavra. Saulo sofria com isso, mas compreendeu que ainda não comprovara suas novas intentos com ações.

Saulo se aconselha com Pedro sobre seu futuro. Pedro diz que Saulo não deveria ficar, neste início, em Jerusalém, pois ali encontraria muitas hostilidades. Ele então decide ir a Tarso visitar o pai que talvez o compreenda e o ajude.

Saulo e Pedro diariamente conversavam em palestras amigas sobre Jesus, seus feitos e ensinamentos; outras vezes sobre Estevão.

Logo que pode levantar foi ouvir as pregações no mesmo lugar em que ofendera Estevão. Observou que Pedro era profundamente criterioso mas tinha maravilhosas expressões simbólicas. Tiago dava a impressão de reingresso, nas leis farisaicas, fugindo do padrão de liberdade e amor em Jesus Cristo. Saulo notou que a igreja mais parecia, agora, uma sinagoga com Israelitas em atitude solene consultando pergaminhos e papiros que continham as prescrições de Moisés. Não viu os sofredores e aleijados. Atinou que Pedro os atendia numa sala contígua com grande afeição.

Saulo observa que  a casa do Caminho estava transformada. O ambiente era de asfixia de todas as ideias do Nazareno. Quis contrapor, mas pelas ponderações de Pedro calou-se pois ainda não testemunhara obras próprias.

Ao questionar a Pedro sobre as mudanças, ele conta que depois das intensas perseguições Tiago se mostrou mudado e agarrou-se ao Farisaísmo, o que teve seu lado bom pois diminuiu as perseguições, e que concluiu que se o Farisaísmo acede em caminhar conosco, consoante os ensinamentos do Mestre, caminharemos as milhas possíveis.

Saulo visita Jerusalém, mas evita ir ao Sinédrio. Visita a sinagoga dos Cilicianos, onde é recebido com frieza e gozação e quando se manifesta gera grande conflito. Com dificuldade se domina e retira-se.

Pensa em chefiar um movimento mais vasto, a favor do Nazareno. Fascinado com essas ideias penetra no Templo. Um vulto aparece a seu lado e diz: Retira-te de Jerusalém, porque os antigos companheiros não aceitarão, por enquanto o testemunho.

Saulo expõe a sua intenção e sobre o vulto a Pedro. Esse, no entanto aconselha ao ex-rabino: A verdade é que poderias atrair, nunca, porém converter. Desta maneira. E devemos desejar fazer nem menos, nem mais do que nos compete fazer. A cada dia bastam os seus trabalhos. 

Pedro acha prudente Saulo partir rapidamente, sugere Cesaréia, onde os cristãos têm amigos.

Saulo chega a Cesaréia e parte para Tarso.

Volta ao Lar paterno e encontra Isaac, seu pai. É mal recebido pelo genitor, que faz várias acusações. Saulo chora. O pai o acusa de covarde por causa do choro. Saulo compreende o sofrimento moral do pai e tem vontade de atirar-se nos seus braços amorosos, falar-lhe de Jesus. Porém, ao falar que o Cristo é o Salvador, é acusado de blasfemar, Isaac exige reconsideração. Saulo nega e retira-se afirmando que o Messias não o abandonará.

Depois que saiu um criado de Isaac lhe entrega uma pesada bolsa de dinheiro – como lembrança. Pensa em devolver, mas a aceitou como exercício de humildade.  E pede que Sinésio conte ao pai seu contentamento com a oferta.

Ao dormir sente uma sensação diferente e a aproximação de alguém pisando de leve: Era Estevão e Abigail, jovens e formosos, envergando vestes tão brilhantes e tão alvas que mais se assemelhavam translúcidos. Ajoelhou-se, porém Estevão solicita que ele se levante.

Estêvão e Abigail o aconselham. A ex-noiva finaliza o encontro afirmando: AMA!, TRABALHA!, PERDOA!, ESPERA!

Resolve então adquirir um tear, e exercer sua profissão em Tarso.

Durante três anos, sozinho, trabalhou exercitando humildade, aguardando que Jesus o convocasse ao testemunho.

Publicada por Graça Leite

domingo, 24 de maio de 2015

CAP. II: O TECELÃO

https://oasisdedan.wordpress.com/

Paulo acomoda-se em humilde estalagem na cidade de Palmira, faz o acerto com Judá dando-lhe o camelo como remuneração e o dispensa.

Procura o irmão de Gamaliel que se chamava Ezequias. Toma conhecimento que o seu mestre Gamaliel havia se convertido ao Cristo e era considerado pela família como senil.

O ex-rabino encontra-se com Gamaliel  conversa e pede conselhos pois se encontra sem trabalho e dinheiro. Gamaliel  mostra a Paulo a necessidade do testemunho, de não olhar as dificuldades, sentir a dor e vencer as dificuldades para ser discípulo do Cristo.

Gamaliel aconselha-o a trabalhar, valorizar as tarefas simples e utilizar a própria força para se manter. O aconselha a ir ao deserto provar a humildade e a solidão e exterminar o “homem velho” a golpes de sacrifício e disciplina.

O ex-discípulo recebe de Gamaliel  uma cópia dos escritos de Levi que Gamaliel recebeu de Simão Pedro.

Paulo chega ao “Oásis de Dã”, onde estava Áquila e Prisca sua mulher, para trabalhar como tecelão e meditar.

O convertido vê o casal lendo uns pergaminhos e descobre que são os escritos de Leví ao que os comparam conferindo, satisfeitos os textos e os ensinos.

O casal Áquila e Prisca, contam a perseguição que eles e sua família sofreram em Jerusalém a Paulo.

O trabalho duro e o sol do deserto curtem Paulo, que tem seu aspecto modificado e endurecido e a alma é enriquecida de luz e serenidade, com novos valores.

Após um ano na companhia de Áquila e Prisca, Paulo toma conhecimento da morte de Gamaliel.

Paulo confessa a Áquila e Prisca que era Saulo de Tarso. É perdoado e decide não mais falar do passado.

Paulo revela seu sonho de ir a Roma anunciar o Cristo aos irmãos da velha Lei.


Paulo, depois de três anos, deixa o Oásis de Dã e os dois amigos e vai para Damasco. 

Publicada por Graça Leite




domingo, 17 de maio de 2015

CAP. I: RUMO AO DESERTO


                                             A cidade romana de Palmira, com o Templo de Bel em evidência                                                                                                    http://pt.wikipedia.org/wiki/Palmira

Saulo chega a Damasco e procura seu amigo Sadoque, que ao saber de sua situação manda falar que não está em casa. O ex-rabino sentado a porta ouve tal posicionamento do amigo e se magoa, mas lembra-se da visão de Jesus e reflete que agora possui experiências que o amigo não pudera ter.

Saulo hospeda-se na estalagem de Judas, e fica três dias entregue às meditações profundas e tristes, avaliando os erros do passado, as dificuldades do presente e as realizações do futuro.

É visitado por Ananias, pessoa da qual ele queria se vingar, que o cura e o Batiza e conta a história de sua própria conversão. Saulo conta a Ananias que viera a Damasco para prendê-lo. A ovelha perseguida vinha buscar o lobo voraz. Saulo compreendeu a lição que o Cristo lhe ministrava. A presença de Ananias revoca-lhe à memória os apelos mais sagrados.

Ananias informa que quanto à aquisição do Evangelho, somente na igreja do “Caminho”, em Jerusalém, havia uma cópia integral das anotações de Levi, porém o entrega alguns pergaminhos amarelentos, nos quais conseguira reunir alguns elementos da tradição apostólica.  O moço convertido recebeu as anotações e debruçou-se imediatamente sobre os velhos rabiscos e devorava-os com indisfarçável interesse.

Saulo discursa pela primeira vez na sinagoga de Damasco, após a conversão. Causando revolta, mas um ancião levita, amigo de Sadoque, pede que se recite um dos Salmos de Davi e depois encerra a reunião.

Ao contar a Ananias sua decepção na sinagoga, o velho discípulo sabiamente o aconselha a se preparar antes começar a sua pregação, até porque como Paulo carregava culpa, precisava testemunhar no sofrimento próprio antes de ensinar. Diz a Paulo que quando ele tiver sofrido mais, teria apurado a compreensão dos homens e das coisas. Paulo, acolhendo o ensinamento de Ananias, decide se recolher ao deserto para se preparar na companhia de Gamaliel, seu velho mestre, que se encontrava em Palmira.

Ananias leva o convertido para sua primeira reunião Cristã na casa de uma lavadeira. Paulo admira a diferença entre as reuniões do Sinédrio e as dos cristãos.

Paulo deixa Damasco em direção a Palmira, vai a pé para iniciar a sua vida de rigores, para aprender a contar, sempre, com a próprias forças.

                                http://www.iejusa.com.br/civilizacoesantigas/mapa_jesus.php

Publicada por Graça Leite

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Pesquise sobre a antiga cidade de Palmira.

domingo, 3 de maio de 2015

CAP. X: NO CAMINHO DE DAMASCO


http://eradaincerteza.blogspot.com.br/

Saulo decidiu concentrar esforços na punição e corretivo de quantos encontrasse transviados da Lei. Julgando-se prejudicado pela difusão do Evangelho. Ele entregar-se-ia de corpo e alma à defesa da Lei de Moisés.
Zacarias conta a Saulo que Ananias havia convertido Abigail e dado a ela uma cópia dos escritos de Levi.
Saulo esclareceu a Zacarias que ele não poderia e que não devia exonerar-se do compromisso que assumiu em desafronta da Lei.
Chegando em Jerusalém, Isaac informou que encontrou entre os prisioneiros um rapaz chamado Matatias Johanan, que conhecia o velho Ananias.
O citado jovem foi torturado — tormento das unhas – e revelou que Ananias não se encontra mais em Jerusalém, mas em Damasco.
O moço tarsense convocava uma reunião no Sinédrio, afirmando que recebera notícias alarmantes de Damasco. Um velho, chamado Ananias, lá estava perturbando a vida de quantos necessitam de paz nas sinagogas.
Como faltava ao cenáculo a ponderação de um Gamaliel, e o sumo-sacerdote, compelido pela aprovação geral, não hesitou em conceder as cartas de habilitação indispensáveis, com ampla autorização para agir discricionariamente.
De posse da documentação necessária, aceitou a companhia de três varões respeitáveis.
Ao fim de três dias, a pequena caravana se deslocou de Jerusalém para a extensa planície da Síria.
A verdade dolorosa é que Saulo se encontrava sem paz interior, não obstante a conquista e gozo de todas as prerrogativas e privilégios, entre os vultos mais destacados da sua raça.
Devia ser meio-dia. Damasco apresentava os seus contornos. Saulo ia à frente, em atitude dominadora. Em dado instante, todavia, Saulo sentiu-se envolvido por luzes diferentes da tonalidade solar.
Viu surgir a figura de um homem de majestática beleza, dando-lhe a impressão de que descia do céu ao seu encontro. Sua túnica era feita de pontos luminosos, os cabelos tocavam nos ombros, à nazarena, os olhos magnéticos, imanados de simpatia e de amor, iluminando a fisionomia grave e terna, onde pairava uma divina tristeza.
—Saulo!... Saulo!... por que me persegues?
O moço tarsense instintivamente ficou de joelhos e um incoercível sentimento de veneração apossou-se inteiramente dele.
— Eu sou Jesus!..
Aquele era o Messias! Sim, ele, Saulo, via-o ali no esplendor de suas glórias divinas!
Saulo experimentou invencível vergonha do seu passado cruel.
Foi quando notou que Jesus se aproximava e, contemplando-o carinhosamente, o Mestre tocou-lhe os ombros com ternura, dizendo com inflexão paternal:
—Não recalcitres contra os aguilhões!... Saulo compreendeu. O Cristo chamara-o por todos os meios e de todos os modos.
O moço de Tarso soluçava.
Ele, Saulo, era a ovelha perdida no resvaladouro das teorias escaldantes e destruidoras. Jesus era o Pastor amigo que se dignava fechar os olhos para os espinheiros ingratos, a fim de salvá-lo carinhosamente.
Sentia-se só e acabrunhado. Doravante, porém, entregar-se-ia ao Cristo, como simples escravo do seu amor.
— Senhor, que quereis que eu faça?
— Levanta-te, Saulo! Entra na cidade e lá te será dito o que te convém fazer!...
Saulo percebeu que estava cego.
Dois dos servos trotaram de volta à Jerusalém e o terceiro, Jacob lhe ofereceu o braço amigo para conduzi-lo a Damasco.
Damasco podia recordar o jovem tarsense, formoso e triunfador. Conhecia-o nas suas festas mais brilhantes, costumava aplaudi-lo nas sinagogas. Mas, vendo passar na via pública aqueles dois homens cansados e tristes, jamais poderia identificá-lo naquele rapaz que caminhava cambaleante, de olhos mortos.

Publicada por Graça Leite

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Pesquise sobre a cidade de Damasco.