CAP. IIi: LUTAS E HUMILHAÇÕES
http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1102003102
No
caminho de volta a Damasco Saulo percebe claramente as intuições e inspirações de
vozes brandas e amigas. O ex-doutor atribui as intuições e vozes diretamente ao
Salvador, mas eram de Estevão, sob a direção de Jesus.
Saulo
é acolhido e hospedado pelos irmãos do caminho, encontra-se com Ananias e toma
conhecimento do agravamento das perseguições aos cristãos.
O
ex-rabino fala na sinagoga, ao aborda o problema da circuncisão, causa revolta
entre os presentes. Recebe ordem de prisão, ao que se recusa por ser cidadão
romano e, portanto, não pode ser preso por ordens verbais. Ao ser dito que será
preso por ordem do Sinédrio, exige o mandado, que há muito tempo tinha sido
arquivado. Ele finaliza sua exposição verbal e vai embora.
Saulo
procura Ananias que o aconselha a afastar-se de Damasco, o que ele tem que
fazer sendo transportado por sobre as muralhas em um cesto de vime.
Ananias
ao ser interrogado sobre o paradeiro de Saulo, para não mentir aos homens e
nem entregar Saulo responde apenas: - Saulo deve estar com Jesus.
O
convertido ia a pé de Damasco a Jerusalém, uma viagem que de cavalo ou camelos
não levaria menos de uma semana de marchas exaustivas. Ao passar pelo lugar
onde teve a visão do Cristo, Saulo voltou a experimentar carinhosas emoções.
Ficou
dois dias em Cafarnaum admirando com carinho o lugar. Procurou Levi, filho de
Alfeu, sem se identificar. Conheceu Madalena em Dalmanuta. Conversou com homens
que foram curados por Jesus (Ex cegos e leprosos). Repousou em Nazaré.
Chegando
em Jerusalém vai à casa de Dalila, mas a irmã havia se mudado. Foi recebido com
grosseria pelo novo proprietário do imóvel.
Resolveu
procurar Alexandre, parente de Caifás e seu companheiro de atividades no
Sinédrio e no Templo. Foi recebido com entusiasmo, uma vez que Alexandre
acreditava que Saulo estivesse “curado”. Porém, quando ele percebeu que Saulo
continuava com as mesmas ideias, Alexandre esclarece que o desenrolar dos
acontecimentos afetou a sua família: Os irmãos mudaram-se de Jerusalém, a mãe
ao saber do mandado de prisão faleceu, o pai vive acabrunhado e infeliz. Alexandre
ao ouvir Saulo falar de Jesus e da conversão de Gamaliel não acredita e o chama
de mentiroso e demente, humilhando-o.
Alexandre
ameaça o ex-doutor, alegando que se causasse escândalo, reeditaria o mandado de
prisão que ele com sacrifício conseguira mudar. Educadamente expulsa Saulo de
sua casa.
Vai a
Casa do Caminho, é recebido por Prócoro e se identifica. Ao serem avisados por
Prócoro sobre a presença do ex-doutor: Pedro e João chamam Tiago. Tiago, fica desconfiado,
é contra recebê-lo. João, no entanto, deseja confirmar se o Cristo de fato
apareceu à Saulo. Pedro decide dispensar Saulo até se reunir com os mais
responsáveis do caminho para uma decisão mais segura. Saulo recebe a notícia
com humildade e pede água fresca, a seguir vai embora.
Pedro,
Nicamor, Prócoro, Parmenas, Timão, Nicolau e Barnabé se reuniram para decidir
se recebiam ou não a Saulo: Tiago foi totalmente contra; João ponderou que
Jesus tem o poder de converter qualquer um; Prócoro contou suas impressões
positivas; Barnabé disse que antes de se transferir para Jerusalém ouvira falar
da coragem de Saulo na Sinagoga; Nicolau citou as maldades de Saulo; Felipe
alegou seu passado de erros e que deveriam averiguar antes de negar; Pedro toma
a palavra fala sobre o símbolo do lobo em pele de cordeiro de Tiago e diz que
devem como Cristãos arriscar para se for o caso talvez domar o lobo se ele não
for ovelha. Como Barnabé não conhecera Saulo, ele fica responsável por visita-lo
em nome da casa.
Barnabé
paga a conta da estalagem onde Saulo está hospedado. O convertido conta a
viagem a Damasco e a gloriosa visão do Mestre. O ouvinte em poucas horas
sentia-se tão identificado com o novo amigo, quais se fossem conhecidos de
longos anos.
Barnabé
retorna a Casa do Caminho com o ex-doutor, e são recebidos por Pedro e Timão. João
estava ausente, a serviço da confraria de Jope. Mais uma vez Saulo descreve a
jornada de Damasco, dissipando as dúvidas que restaram de Pedro e Timão.
O
moço tarsense manifesta desejo de entrar numa fase ativa de trabalho com que
possa desfazer seu passado culposo e apresenta a cópia dos escritos de Levi que
lhe fora dado por Gamaliel. Esse é um fato que aumentou a confiança de Pedro em
Saulo.
Pedro
comunica ao ex-doutor que já foi pago a hospedaria e o convida para ficar na
Casa: Esta casa é também tua. Saulo aceita.
Saulo
pede, para ocupar o mesmo leito que Estevão ocupava. Pedro oferece ao
convertido os pergaminhos que o mártir utilizava, onde emocionado Saulo
encontra anotada em algumas partes a palavra “Abigail”, e Corinto.
Pedro
desdobrou-se na tarefa de assistência fraternal. Com palavras amigas,
comentários sobre o poder de Jesus, caldos e frutas, o que sensibilizava Saulo.
Tiago, filho de Alfeu, no entanto, receoso talvez, não se dignava a dirigir-lhe
a uma palavra. Saulo sofria com isso, mas compreendeu que ainda não comprovara
suas novas intentos com ações.
Saulo
se aconselha com Pedro sobre seu futuro. Pedro diz que Saulo não deveria ficar,
neste início, em Jerusalém, pois ali encontraria muitas hostilidades. Ele então
decide ir a Tarso visitar o pai que talvez o compreenda e o ajude.
Saulo
e Pedro diariamente conversavam em palestras amigas sobre Jesus, seus feitos e
ensinamentos; outras vezes sobre Estevão.
Logo
que pode levantar foi ouvir as pregações no mesmo lugar em que ofendera
Estevão. Observou que Pedro era profundamente criterioso mas tinha maravilhosas
expressões simbólicas. Tiago dava a impressão de reingresso, nas leis farisaicas,
fugindo do padrão de liberdade e amor em Jesus Cristo. Saulo notou que a igreja
mais parecia, agora, uma sinagoga com Israelitas em atitude solene
consultando pergaminhos e papiros que continham as prescrições de Moisés. Não
viu os sofredores e aleijados. Atinou que Pedro os atendia numa sala contígua
com grande afeição.
Saulo
observa que a casa do Caminho estava transformada. O ambiente era de
asfixia de todas as ideias do Nazareno. Quis contrapor, mas pelas ponderações
de Pedro calou-se pois ainda não testemunhara obras próprias.
Ao
questionar a Pedro sobre as mudanças, ele conta que depois das intensas
perseguições Tiago se mostrou mudado e agarrou-se ao Farisaísmo, o que teve seu
lado bom pois diminuiu as perseguições, e que concluiu que se o Farisaísmo
acede em caminhar conosco, consoante os ensinamentos do Mestre, caminharemos as
milhas possíveis.
Saulo
visita Jerusalém, mas evita ir ao Sinédrio. Visita a sinagoga dos Cilicianos,
onde é recebido com frieza e gozação e quando se manifesta gera grande
conflito. Com dificuldade se domina e retira-se.
Pensa
em chefiar um movimento mais vasto, a favor do Nazareno. Fascinado com essas ideias
penetra no Templo. Um vulto aparece a seu lado e diz: Retira-te de Jerusalém,
porque os antigos companheiros não aceitarão, por enquanto o testemunho.
Saulo
expõe a sua intenção e sobre o vulto a Pedro. Esse, no entanto aconselha ao
ex-rabino: A verdade é que poderias atrair, nunca, porém converter. Desta
maneira. E devemos desejar fazer nem menos, nem mais do que nos compete fazer.
A cada dia bastam os seus trabalhos.
Pedro
acha prudente Saulo partir rapidamente, sugere Cesaréia, onde os cristãos têm
amigos.
Saulo
chega a Cesaréia e parte para Tarso.
Volta
ao Lar paterno e encontra Isaac, seu pai. É mal recebido pelo genitor, que
faz várias acusações. Saulo chora. O pai o acusa de covarde por causa do choro.
Saulo compreende o sofrimento moral do pai e tem vontade de atirar-se nos seus braços
amorosos, falar-lhe de Jesus. Porém, ao falar que o Cristo é o Salvador, é
acusado de blasfemar, Isaac exige reconsideração. Saulo nega e retira-se
afirmando que o Messias não o abandonará.
Depois
que saiu um criado de Isaac lhe entrega uma pesada bolsa de dinheiro – como
lembrança. Pensa em devolver, mas a aceitou como exercício de humildade.
E pede que Sinésio conte ao pai seu contentamento com a oferta.
Ao
dormir sente uma sensação diferente e a aproximação de alguém pisando de leve:
Era Estevão e Abigail, jovens e formosos, envergando vestes tão brilhantes e
tão alvas que mais se assemelhavam translúcidos. Ajoelhou-se, porém Estevão solicita
que ele se levante.
Estêvão
e Abigail o aconselham. A ex-noiva finaliza o encontro afirmando: AMA!,
TRABALHA!, PERDOA!, ESPERA!
Resolve
então adquirir um tear, e exercer sua profissão em Tarso.
Durante
três anos, sozinho, trabalhou exercitando humildade, aguardando que Jesus o
convocasse ao testemunho.
Publicada por Graça Leite
Publicada por Graça Leite