domingo, 28 de junho de 2015

CAP. VII: AS EPÍSTOLAS


Segunda viagem Missionária do Apóstolo Paulo – Parte II

Atenas

Em Atenas
Timóteo chegara de Corinto, carregado de boas notícias: Áquila e Prisca estavam na Capital da Acaia (Corinto). Paulo então movido por recordações de Jeziel e Abigail e com vontade de encontrar o casal resolveu partir.

Corinto

Em Corinto
Áquila e Prisca narraram suas experiências, vitórias e suplícios em Roma.
Paulo expôs ao casal que pretendia fundar uma igreja em Corinto ao que o casal se colocou à disposição  para todos os serviços.
O ex-rabino recebeu vários enviados de Tessalônica, Beréia e outros pontos onde fundara igrejas. Todos tinham assuntos urgentes que requeriam delicadas intervenções da parte de Paulo.  Silas e Timóteo foram convocados, devido a impossibilidade de atender todos.
Confortado pelo concurso dos amigos, Paulo falou, pela primeira vez, na sinagoga. Sua palavra vibrante logrou êxito extraordinário. Judeus e gregos falaram de Jesus com entusiasmo. O tecelão foi convidado a pros seguir nos comentários religiosos, semanalmente.
Mas tão logo começou a abordar as relações existentes entre a Lei e o Evangelho, repontaram os atritos. Os israelitas não toleravam a superioridade de Jesus sobre Moisés, e, se consideravam o Cristo como profeta da raça, não o suportavam como Salvador.
Alguns israelitas mais exaltados quiseram agredi -lo, provocando tumulto. Mas um romano de nome Tito Justo, aproximou-se e estendeu-lhe os braços de amigo. Paulo pôde sair incólume do recinto, encaminhando-se para a residência do benfeitor, que pôs à sua disposição todos os elementos imprescindíveis à organização de uma igreja ativa.
Foi adquirida uma casa para início dos serviços religiosos. Áquila e Prisca foram os principais colaboradores além de Lóide e Eunice.
A igreja de Corinto começou a produzir os frutos mais ricos de espiritualidade.)
Quase diariamente chegavam emissários das - regiões mais afastadas. Eram portadores da Galácia a pedirem providências para as igrejas de Pisídia; companheiros de Icônio, de Listra, de Tessalônica, de Chipre, de Jerusalém. Os assuntos eram urgentes quão variados. Aos poucos, compreendeu que não bastava enviar emissários.
Entregou-se a oração e ouviu uma voz: - Não temas prossegue ensinando a verdade e não te cales, porque estou contigo.
O Apostolo aproveitando o ensejo pensou em seus problemas e a voz disse: - Não te atormentes com as necessidades do serviço. É natural que não possas assistir pessoalmente a todos, ao mesmo tempo. Mas é possível a todos satisfazeres, simultaneamente, pelos poderes do espírito.  E a voz continuou: - Poderás resolver o problema escrevendo a todos os irmãos em meu nome: os de boa vontade saberão compreender, porque o valor da tarefa não está na presença pessoal do missionário, mas no conteúdo espiritual do seu verbo, da sua exemplificação e da sua vida. Doravante, Estevão  permanecerá mais conchegado a ti, transmitindo-te meus pensamentos, e o trabalho de evangelização poderá ampliar-se em benefício dos sofrimentos e das necessidades do mundo.
Ao fazer a primeira Epistola recordou que o mestre lhe prometera associar Estevão à tarefa, julgou não dever atuar por si só e chamou Timóteo e Silas para redigir a primeira de suas epístolas.
Os israelitas pobres encontravam na igreja um lar generoso, onde Deus se lhes manifestava em demonstrações de bondade, ao contrário das sinagogas, em cujo recinto, em vez de pão para a fome voraz, de bálsamo para as chagas do corpo e da alma, encontravam apenas a rispidez de preceitos tirânicos, nos lábios de sacerdotes sem piedade. A sinagoga esvaziava-se.
Os Judeus de Corinto tramaram um movimento terrível de perseguição ao Apóstolo.
Abriu-se um processo contra Paulo. Na época Júnio Gaio era o procônsul da Acaia, por essa razão o processo chegou às mãos de Júnio sem que Paulo soubesse. Era tão grande as acusações levantadas pelos israelitas, que o administrador foi compelido a determinar a prisão de Paulo para o inquérito inicial.
A sinagoga pediu para lhe fosse delegada a tarefa de conduzir o acusado ao tribunal. A permissão foi concedida.
A noite o ex-rabino foi preso, quando pregava. Apesar de a igreja querer se revoltar Paulo não permitiu. A superioridade espiritual de Paulo incomodou tanto a um dos componentes do grupo, que lhe deu açoites no rosto. Na prisão Paulo foi atado ao tronco do suplício e recebeu os 39 açoites.
Paulo foi envolvido em sublime paz, que banhava-lhe o coração de brandos consolos experimentava a confiança no Cristo. Nestas disposições não lhe doíam os açoites. Na prova rude e dolorosa compreendeu, alegremente, que havia atingido a região de paz divina, no mundo interior, que Deus concede a seus filhos depois das lutas acerbas e incessantes por eles mantidas na conquista de si mesmos.  Submerso em pensamentos sublimes, Paulo de Tarso sentiu o seu primeiro grande êxtase. No tribunal Paulo mantinha a serenidade. 
Júnio Gaio conclui que Paulo não cometeu crime algum. Advertiu que os Judeus deviam, antes de qualquer acusação injusta, examinar a obra generosa da igreja de Corinto e que não desejava a função de juiz em assunto daquela natureza. Declarando Paulo absorvido da acusação, em plena liberdade. 
Sóstenes, que acusara Paulo, foi atacado pela multidão quando saia do julgamento. Júnio Gaio ao ser interpelado para intervir não o quis dirigindo um olhar de simpatia a Paulo.
Mas Paulo foi ao topo da escada e bradou: - Irmão, apaziguai-vos pro amor ao Cristo!... e cessaram os rumores e impropérios. E Paulo acorreu pressuroso em socorrer Sóstenes,  cujo rosto sangrava. Os cristãos, por apelos de Paulo, conduziram-no com extremos cuidados a sua residência.
Paulo  resolve ir ajudar João na fundação definitiva da Igreja de Éfeso na Ásia.
Dentro de um mês Paulo, Áquila e Prisca, partiram em demanda de Éfeso.

Éfeso

Em Éfeso
Depois de viagem difícil, repleta de incidentes penosos, Paulo e os companheiros chegaram a Éfeso.
A igreja de Éfeso estava repleta de polêmica estéreis. Paulo para auxiliar à João manteve acaloradas discussões com os judeus da sinagoga.
Paulo visitou a Maria a Mãe de Jesus. Ela narrou fatos relacionados ao seu Filho. Paulo interessou-se pelas narrativas a respeito da noite do nascimento de Jesus. Prometeu voltar a fim de recolher os dados indispensáveis ao Evangelho que pretendia escrever para os cristãos do futuro.
Vendo que Áquila e Prisca se encontravam instalados e satisfeitos, Paulo resolve demandar para Jerusalém levando a coleta feita. Silas e Timóteo iriam com ele.

(Fim da segunda viagem Missionária do Apóstolo Paulo)

Jerusalém

Em Jerusalém
Paulo, Silas e Timóteo foram recebidos com júbilos por Pedro. Paulo, percebeu que o ex-pescador, apesar de sereno, estava com grande abatimento físico em virtude de lutas terríveis e incessantes para que a igreja suportasse, sem maiores abalos, as tempestades primitivas.
Paulo entregou alegremente, a pequena fortuna, cuja aplicação iria assegurar maior independência a instituição de Jerusalém. Pedro agradeceu comovido e abraçou -o com lágrimas. Os pobres, os órfãos, os velhos desamparados e os convalescentes teriam doravante uma escola abençoada de trabalho santificante. Pedro falou com entusiasmo das Epístolas e seu sucesso junto as igrejas que as liam, copiavam e estudavam minuciosamente.
Após alguns dias Paulo e os companheiros demandaram para Antioquia.

Antioquia

Em Antioquia
Na companhia dos companheiros queridos, Paulo descansou por algum tempo. Nessa época, não passava semana que não recebesse representações de diversas igrejas, dos pontos mais distantes. Terminado o estágio em Antioquia voltou ao berço natal.

Terceira viagem Missionária do Apóstolo Paulo

Terceira viagem de Paulo

Em Tarso, Galácia e Frígia
Paulo falou as verdades eternas em Tarso depois demandou pelas comunidades de toda a Galácia e Frígia.
Nesse afã incansável e incessante, conseguiu arregimentar novos discípulos para Jesus, distribuindo grandes benefícios em todos os recantos iluminados pela sua palavra edificante, porque também ilustrada em fatos.
Em toda parte, lutas sem tréguas, alegrias e dores, angústias e amarguras do mundo, que não chegavam a lhe arrefecer as esperanças nas promessas de Jesus. De um lado, eram os israelitas rigorosos, inimigos ferrenhos e declarados do Salvador; do outro, os cristãos indecisos, vacilando entre as conveniências pessoais e as falsas interpretações. O missionário tarsense, no entanto, conhecendo que o discípulo sincero terá de experimentar as sensações da “porta estreita” todos os dias, nunca se deixou empolgar pelo desânimo, renovando a cada hora o propósito de tudo suportar, agir, fazer e edificar pelo Evangelho, inteiramente entregue a Jesus -Cristo.
Vencidas as lutas indefessas resolveu voltar a Éfeso, interessado na feitura do Evangelho decalcado nas recordações de Maria.
  
Em Éfeso
Áquila e Prisca haviam retornado a Corinto. Embora pretendesse apenas manter algumas conversações mais longas com a filha inesquecível de Nazaré, foi compelido a enfrentar a luta séria com os cooperadores de João.
A sinagoga conseguira grande ascendente político sobre a igreja da cidade, que ameaçava naufragar. O ex-rabino percebeu o perigo e aceitou a luta, sem reservas. Durante três meses discutiu na sinagoga, em todas as reuniões. A cidade, que se mantinha em dúvidas atrozes, parecia alcançar uma compreensão mais elevada e mais rica de luzes. Multiplicando as curas maravilhosas, Paulo, um dia, tendo imposto as mãos sobre alguns doentes, foi rodeado por claridade indefinível do mundo espiritual. As vozes santificadas, que se manifestavam em Jerusalém e Antioquia, falaram na praça pública. Este fato teve enorme repercussão e deu maior autoridade aos argumentos do apóstolo.
Ficou no trabalho em Éfeso mais de dois anos.
Com as conversões e pregações de Paulo o consumo de estatuetas e outros artefatos da deusa Diana tiveram sua venda muito diminuída, ao que fez com que os artífices e ourives da cidade fizessem uma revolta contra Paulo, não o encontrando em casa de Áquila, destruíram tudo ali. Como Paulo estava em casa de outro amigo não o acharam.
Paulo vendo que se ficasse a revolta dos ourives prejudicaria os seus amigos da igreja resolveu partir. Demorou-se ainda em Éfeso até conseguir a liberdade dos detentos. E conseguido isso foi para Trôade.

Em Trôade
Acompanhado de alguns amigos  chegou a Troâde, onde se demorou alguns dias.
Mas a fadiga acentuava-se cada vez mais. As preocupações o enervavam. Tinha no íntimo profunda desolação, que a insônia agravava dia a dia. Lembrando-se da ternura dos irmãos de Felipes resolveu ali repousar alguns momentos.
Acompanhado de alguns amigos dirigiu -se para Trôade, onde se demorou alguns dias, edificando os irmãos na fé. A fadiga, entretanto, acentuava-se cada vez mais. As preocupações enervaram-no. Experimentava no íntimo profunda desolação, que a insônia agravava dia a dia. Paulo, que nunca esquecera a ternura dos irmãos de Filipes, deliberou, então, procurar ali um abrigo, ansioso de repousar alguns momentos.

Em Felipes
O Apóstolo foi acolhido com inequívocas provas de carinho e consideração. Outra agradável surpresa ali o esperava: Lucas encontrava-se acidentalmente na cidade e foi abraçá-lo. Esse encontro reanimou-lhe o ânimo abatido. Avistando-se com o amigo, o médico alarmou-se. Paulo pareceu-lhe extremamente debilitado, triste, não obstante a fé inabalável que lhe nutria o coração e transbordava dos lábios.
Paulo sentia que seria a última vez que descansaria em Felipes ao falar isso a Lucas o mesmo questionou por que. Paulo disse que iria para o Ocidente ao que Lucas se ofereceu para ir junto a Corinto. O que alegrou a Paulo.

Em Corinto
Começou a planejar sua viagem a Roma. Resolveu escrever uma carta aos amigos romanos que o antecedesse. Febe que teria que ir a Roma, de bom grado, levou o documento.
Estava tudo pronto para a partida para Roma, quando chegou Abdias, mensageiro de Tiago, trazendo uma carta confidencial para Paulo.
Tiago narrava na carta as novas perseguições aferradas que a igreja sofria. Confidenciou que Pedro havia sido banido da cidade. A igreja fora assaltada por fariseus sem consciência e só não sofrera depredações de maior vulto em virtude do respeito que o povo lhe consagrara. O Sinédrio alegava necessidade de um entendimento com Paulo a fim de conceder tréguas. Como Tiago considerava-se envelhecido e cansado, sem a colaboração de Pedro temia sucumbir. Pedia então que Paulo fosse a Jerusalém esclarecer o Sinédrio. Depois disso Paulo poderia ir para onde lhe agradasse. Paulo refletiu se deveria atendê-lo ou não, levando em consideração as diferenças que tinha com Tiago. Resolveu consultar o evangelho e abriu em : - Concilia-te depressa com o teu adversário. Paulo resolveu atender ao pedido de Tiago.
Na noite em que recebeu a carta, Paulo sonhou com Jeziel e Abigail que lhe disseram: - Não te inquiete, Paulo. É preciso ir a Jerusalém par ao testemunho imprescindível. E disse ainda: - Tranquiliza-te, porque irás a Roma cumprir um sublime dever, não porém, como queres, mas de acordo com os desígnios do Altíssimo. E continuou: - Depois então, será a nossa união eterna em Jesus-Cristo, para a divina tarefa do amor e da verdade à luz do Evangelho.
Paulo ficou ainda três meses em Corinto, quando a Sinagoga principal de Acaia recebeu secretas notificações de Jerusalém, nada menos que a eliminação de Paulo a qualquer preço. Paulo percebeu a insídia e se despediu prudentemente dos coríntios partindo com Lucas e Silas, a pé, para visitar as igrejas de Macedônia.

De Corinto a Jerusalém
Por toda parte pregou o evangelho convencido de que era a última vez que fixava aquelas paisagens.
Foram a Felipes depois a Trôade.
Adquirindo em seguida um barco muito ordinário, Paulo e os discípulos prosseguiram a viagem para Jerusalém, distribuindo consolações e socorros espirituais às comunidades humildes e obscuras.
Em Éfeso foi muito comovente sua estada. A própria Maria, avançada em anos, acorrera de longe em companhia de João e outros discípulos, para levar uma palavra de amor ao paladino intimorato do Evangelho de seu Filho. Os anciães receberam-no com ardorosas demonstrações de amizade, as crianças ofereciam-lhe merendas e flores.
A viagem continuou Rodes, Pátara, Tiro, Ptolemaida e finalmente Cesaréia onde se hospedam na casa de Felipe. 
Ágabo  mediunizado  faz dolorosos vaticínios.
Chega um emissário de Tiago de nome Mnason que traz o pedido de Tiago de que por prudência Paulo não procurasse de imediato a Igreja de Jerusalém, mas sim, fosse a casa de Mnason que então Tiago lá iria encontra-lo. 

Publicada por Graça Leite



Nenhum comentário:

Postar um comentário